quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Eterno (15/09/2005)


Sou aquele que não é nada,
pois o Todo habita em mim.
Tenho uma longa escalada,
mas sei que ela é sem fim.

Taco de árvore ao diamante,
estreando há alguns milênios.
Das rainhas todo o amante,
dos babilônios aos essênios.

Trouxeram as sete maravilhas,
colocando-as ao meu lado.
Percorri mais de mil milhas,
estando bem aqui, sentado.

Do céu vi todas estrelas,
pois eu mesmo sou universo,
Tenho e não tenho como vê-las
Sou o côncavo e (com)verso.

Sou o tudo que posso ser
e não saberá quem eu sou.
Quando seu mundo fenecer
é que eu vim, mas já vou.

Um comentário:

Lapa Levana disse...

Nos fazemos novos a cada cair da noite, e vivemos novos mundo de novas maneiras. E que seja notável a nossa passagem ...
"Eu já fui o que você é hoje.
Hoje sou o que você será amanhã. Quem sou?"

Belas linhas, Soluz.

Bênçãos!